Esta edição foi escrita acompanhada de um lote da variedade Arara da Fazenda Santa Edwirges, produzido por Marcos Chaves e Filhos em Carmo da Cachoeira, Sul de Minas.
Indiana Jones, o arqueólogo-herói da saga de George Lucas e Steven Spielberg, se depara com uma das mais difíceis etapas ao procurar o cálice sagrado em A Última Cruzada (1989): atravessar um despenhadeiro. Não havia qualquer caminho possível aparente para passar. Pular era humanamente impossível. Porém, no diário-guia escrito por seu pai esta armadilha era ilustrada como “salto de fé”. Só quem a possui consegue passar.
Em uma ação teopoética inspirada nos registros arqueológicos de seu pai, Indiana arrisca e pisa no ar. Abaixo dele, apenas um precipício infinito. E não cai. Seu pé toca em uma plataforma firme que estava lá o tempo todo. Porém, sua forma e suas cores resultavam uma ilusão ótica capaz de deixá-la invisível.
Fé, teologicamente, traduz como “certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”. Para os gregos, o termo consiste em uma forma de denotar fidelidade, lealdade e a capacidade de acreditar.
Ora, o mundo do trabalho nos exige, de quando em quando, este exercício. Não no sentido religioso e transcendental — mas também, para aqueles que creem em graça divina.
A fé no sentido amplo e imanente passa pela fé em si, nas suas competências, potências e inteligências. Ou seja, aceitar-se neste processo é fundamental para atravessar seja o mundo corporativo, como o dia a dia do autônomo, do CEO de MEI, do empresário, do funcionário público, do biqueiro, do celetista, todo mundo.
Muitas vezes, é só na base da fé mesmo para começar um novo emprego, uma nova atividade, uma nova empresa, um novo projeto… ou voltar para os velhos e reconciliar com os “nunca mais”, “nunca farei”. Também superar os maus retornos ou os atribulados inícios.
Não há coach, não há melhor amigo ou companheiro que vá conseguir tomar qualquer decisão por você. E quando fica só você com você, a escolha, por mais minuciosamente elaborada e racional que seja, vai requerer que você deposite um só pouquinho, ao menos, de fé naquilo.
Cuidado com a fé também.
Há outro filme americano, de algumas décadas atrás, cujo título em português realiza um trocadilho perfeito — e eleva a ironia de sua trama — como em poucas ocasiões: Fé Demais Não Cheira Bem. Dirigido por Richard Pearce e estrelado por Steve Martin, a produção coloca o comediante platinado no papel de um reverendo charlatão que realiza cultos itinerantes em grandes tendas. Até o dia em que, em meio aos seus shows cênicos de araque para enganar os fieis ele, de fato, realiza um milagre… e entra em crise.
Tudo depende de onde você coloca sua fé. Pois fé é tanto um chamado para aventura como um alerta para autopreservação. De um jeito ou de outro, vai de fé na fé, pois serve até “mesmo a quem não tem fé”, como já escrevia e cantava Gilberto Gil.
“Andar com fé eu vou / Que a fé não costuma faiá”.
Coffice do dia: O primeiro parceiro Coffice
O destaque hoje é para a própria iniciativa Coffice. Na próxima semana faremos uma edição especial só falando desta nova etapa de Coffice, que se materializa no mundo físico, começando por Brasília.
Como avisamos há algumas edições, Coffice agora é uma start-up. Uma extensão desta newsletter, Coffice se torna uma solução para as relações entre trabalho remoto e hospitalidade, os dois temas mais caros à publicação. Ou seja, queremos contribuir para a cultura das novas formas do mundo produtivo, nesta era capitalista, na prática.
Inicialmente, funciona assim: viu a plaquinha do Coffice, como esta na foto acima? Você já sabe que aquele é um lugar apropriado para chegar e abrir seu PC e ficar à vontade trabalhando. Ah, seu primeiro café é por nossa conta! Basta chegar para trabalhar em seu PC, tablet ou smartphone, ou fazer uma reunião de trabalho para receber este brinde.
E você poderá fazê-lo em todos os parceiros Coffice. Neste momento, apenas no primeiro parceiro: a chocolateria contemporânea e café BlendCacao, unidade do Distrito Federal, que fica em Brasília, na 404 Sul, também conhecida como Rua dos Restaurantes. Não poderia ser em outro endereço, uma vez que falamos em hospitalidade, né?
A unidade brasiliense da BlendCacao dispõe de mesas firmes e bem espaçadas, próximas a tomadas adequadas e com wi-fi de boa velocidade para o trabalho remoto. Oferece água da casa e possui um cardápio amplo de bebidas quentes e de quitutes, como pão de queijo assado na hora e croissant, além das estrelas da casa: os chocolates, principalmente bombons de diversos sabores que mais parecem joias.
A BlendCacao Brasília funciona de segunda a sábado, das 11h às 19h. Aproveite a experiência Coffice!
Café não costuma faiá!
Vida longa ao Coffice!